domingo, 7 de setembro de 2008

AS :

CHAPTER ONE (07/08/08)

Lá estava eu, finalmente só, sentado no sofá às escuras, depois de toda raiva e sanguinaria irônia.Mil anos luz, mil coisas a flor de lis.Local sujo, quatro paredes, quatro quartos tortos. Manchas de sangue visgavam o local, me inspiravam e desiludiam-se com a podridão.
Era denunciado o lugar, sofrimento meu cuspido no chão da sala, minha casa meu lar. Enfurnada de sofrimento a lá capitais.
Sempre lembrado desde o primeiro assalto, o labutar da primavera fria tragada por minhas narinas, a libertinagem cravada no peito e a morte a chegar com a mesma sensação de perder o ar fugir entre minhas mãos .
Levanto, pareço andar, canbaleio e perco a fala. Insisto em andar e persisto no mesmo até a cozinha, meu santuario. Parece estranho, mas ali era o lugar mais calmo e sútil da casa, onde eu me sentia o rei. Não por instruções gastronomicas que nunca tive, mas sim pelas gavetas repletas de 'amores meu' Facas, garfos e outroras amantes que contavam histórias [....]

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